Jornal de Notícias em dia da inauguração 29 de Janeiro 1933
29/1/1933
Depoimento do
Jornal de Notícias no dia da inauguração em 29 de Janeiro 1933:
- «A iluminação mereceu também um cuidado especial. É moderna, sem lâmpadas à vista a ferir os olhos, mas dando luz a jorros por um sistema de reflexão. Se dissermos que toda a instalação eléctrica pertence à firma Bravo & Corte Real, está tudo dito, pois são peritos abalizados na difícil especialidade.»
À concepção primitiva do
Guarany presidia o serviço de café-concerto, que fez voga no Porto nos “Anos 30”, reflexo de uma adesão do público por um espaço onde serviam bebidas e ceias até tarde acompanhadas de animação (de notar que este género de estabelecimentos assumiu formas diferentes na capital, fazendo eco da Belle Époque parisiense, como foi o caso dos night-clubs). Nessa conformidade, o Guarany era dotado de orquestra com actuações ao fim da tarde, entre as 16-18horas, e à noite, entre as 21-24 horas. Na abertura, anunciava-se o Orquestra Portuense, de nome firmado em Portugal e Espanha, com um elenco de apreciados artistas onde se estreava Raúl Lemos (violinista), Manuel Constante, José da Costa, José de Oliveira e Fausto Caldeira, propondo-se o grupo executar programas seleccionados de concerto, canto e as últimas novidades…
Esta orquestra ligeira era recordada assim:
- «Ao fim da tarde íamos até lá (Guarany) ouvir as belíssimas músicas de Benny Godmann, Duke Ellington, Harry James, Francisco Canaro, Felix Mendelssohn, Glenn Miller, etc., músicas que ainda hoje nos deliciam (e não só por saudosismo porque também são apreciadas pelos mais novos), como La Comparsita ou In the Moon.»
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