Jornal do Comércio do Porto, descreve a inauguração
29/1/1933
Num depoimento artístico de raro valor, o
jornal do Comércio do Porto , descreve a inauguração daquele espaço de convívio:
- «Ao penetrarmos na vasta sala de entrada, de 250 metros quadrados, ficamos deslumbrados pela harmonia, conforto e disposição artística. A luz está belamente distribuída, reflectindo-se no tecto de alumínio metálico adquirindo assim tonalidades novas a que os nossos olhos não estão habituados.
Em matéria de equipamento, revolucionária para a época era a técnica de climatização do restaurante, anunciada na imprensa em termos que prefiguram o sistema actual de ar condicionado.
Num depoimento artístico de raro valor, o jornal do Comércio do Porto , descreve a inauguração daquele espaço de convívio:
Demoramo-nos a observar a instalação para a ventilação, aquecimento, refrigeração e purificação do ar por meio de filtros apropriados. É uma verdadeira estação de clima, funcionando automaticamente, o que permite dar à sala a temperatura desejada. Esta magnífica instalação de clima artificial, uma novidade entre nós se bem usada em França, Inglaterra e Alemanha, honra sobremaneira a Casa Sabrões, que tem como agente no Porto a Casa Michael de Vasconcelos. Não muito distante desta instalação climatérica há a instalação frigorífica. Um frigorífico moderníssimo, de 7 metros quadrados amplo como nenhuma casa possui, serve para conservação de frutas, carne, peixe, etc …».
No Salão do café, o mesmo periódico salientava um pitoresco detalhe:
- «Há a frisar uma nota curiosa: quando as máquinas acabam de fazer o café uma campainha dá o sinal de alarme, acendendo-se imediatamente na sala uma lâmpada vermelha. É portanto um pronto-socorro para os apreciadores de café impropriamente chamado fresco».
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